Dia 15: Antofagasta - 0km
- Eles Vivem Viajando
- 7 de jan. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de jan. de 2023
Sábado, 07/01/2023
Nada como dormir no nível do mar: respiração boa, clima úmido, e pra melhorar, aquele barulinho de mar vindo pela janela!
Sim! Estou no Pacífico! A primeira visão que tive ao abrir os olhos ainda da cama foi a imensidão daquele mar azul bem ali do meu lado! Ainda parecia sonho que tinha chegado até ali com a minha própria moto!!
E hoje é dia de relax! Passar o dia caminhando a pé, com roupas leves e quem sabe um mergulhinho dentro do Pacífico - algo que devo para mim mesma ha alguns anos, afinal meus encontros com o Pacífico sempre foram com temperaturas muito baixas!
Pegamos o elevador e descemos no nível térreo do Hotel. A área do café da manha era toda de vidro e de frente para o mar. Nos deliciamos com alguns quitutes e algumas sobras da festa de casamento que tinha acontecido neste salão na noite anterior - pelo menos era o que parecia, afinal quem serve doces e bolos requintados no café da manhã?
Nosso amigo Ed estava lá também, e estava duvidoso se seguia viagem de volta pra casa ou se passava mais um dia e uma noite com a gente. Depois de lerem os relatos do nosso dia, facilmente entenderão porque ele preferiu ficar!
Saímos pra andar a pé pela cidade. Havia lido algumas dicas de blogs sobre possibilidades de passeio na região, então começamos por visitar as docas que ficavam bem alí ao lado. A cidade tinha um porto de exportação de sal, e o pier / doca ocupado pela empresa Melbourne Clarck era hoje um ponto de atração turística.
Bem ao lado ficava o Mercado de Peixe. E como todo mercado de peixe do mundo, tem vários animais a espera das sobras pra comer sem ter que caçar. Só que alí, os animais eram os Leões Marinhos, que aguardavam pacificamente no mar cada entrega de restos de peixe que os marinheiros jogavam. Junto a eles, tinham vários Pelicanos sobrevoando o mar em busca de comida fácil, e porque não, alguns gatinhos muito simpáticos. Todos muito sociáveis e acostumados com os turistas que paravam para observar e tirar fotos.
Entrando um pouco para dentro da cidade, passeamos pelo centrinho. Como hoje é sábado, o centro estava calmo e com alguns comércios fechados. Mas deu pra admirar a Praça Cólon, com seu relógio e Catedral, assim como os calçadões de comércio nas ruas adjacentes.
Para quem está andando de moto ha vários dias, um passeio de chinelo e shorts, sem capacete e as roupas pesadas, podendo caminhar e exercitar os músculos de leve - é sempre bem vindo!
De lá, decidimos pegar um taxi para visitar a loja da Harley Davidson que vimos ontem quando chegamos na cidade. Ficava de frente pro mar - A Mazu Harley Davidson Antofagasta - e era repleta de roupas e acessórios. Só não tinha muita moto rsrs. Infelizmente o Chile é um país caro, então as roupas não eram mais baratas do que as que podia comprar no Brasil. E eu, como mulher, acabo tendo opções muito limitadas neste mundo de motociclismo - não tinha nenhuma camiseta feminina com o emblema da loja - somente camisetões tamanhos grandes.
Na volta, pedimos para o taxi nos deixar numa praia próxima ao hotel, a Playa Paraiso. Percebemos que as praias para banhistas eram locais que tinham um muro de contenção artificial, para evitar que as ondas entrassem diretamente na praia. O Pacífico não devia ser tão calmo quanto o nome sugere! rsrs
Então a beleza natural da praia não era algo de se admirar - tinha inclusive um cheiro forte de peixe, e algumas pessoas morando em barracas. A água estava repleta de águas-vivas enormes! Mas enfim, essa era a minha chance: primeiro, pulei as 7 ondas que estava devendo desde o reveillon. Depois, me encorajei vendo as crianças que estavam se divertindo, e dei um rápido mergulho no mar do Pacífico!
Foi quase um batismo, de tão rápido que foi! Mas estava satisfeita, completa, missão cumprida.
Como dica de praia, não recomendo a Playa Paraiso. Olhando para o mar, as praias sentido lado esquerdo me pareceram mais bonitas e mais próprias para banho, mas só descobri isso no dia seguinte.Agora, bora pra piscina do Hotel!
No hotel, fomos direto pra água! A piscina era funda, água com boa temperatura, e o melhor: era de frente pro mar. Ficamos alí por um tempinho, que foi menor do que eu gostaria - não sei por que, mas o hotel não tinha nenhum serviço na área da piscina, que ficava no piso inferior. Não tinha nem cadeira, nem espreguiçadeira, nem nada. Era só a piscina.
No piso superior havia o restaurante, onde tomamos o cafe da manhã, e na área externa funcionava um bar. Lá sim tinham mesas, cadeiras e até sofás. Sentamos alí e pedimos nossa comida - o meu segundo e último ceviche da viagem.
Depois disso ficamos um pouco no quarto e esperamos o final da tarde para irmos com antecedência ao calçadão de onde poderíamos ver o por do sol. Desta vez chegamos no horário certo, deu tempo até de tomar um sorvete antes! E valeu a pena, pois o por do sol no mar é uma das visões mais lindas que podemos ter. Alí em Antofagasta estamos bem abaixo do Equador, então o sol não estava tão grande. Mas mesmo assim, o cenário do mar com o sol e um farol que tinha alí deixou o espetáculo grandioso.
Para jantar, ficamos pela praça de alimentação do shopping. A idéia era matar a vontade do Roger de comer no Mc Donalds, mas a fila estava tão grande que optamos por um lanche local - acho que chamava Juan, Jose e Fulano (eram 3 nomes espanhóis) - mas foi o pior lanche da minha vida!! Um sanduíche sem graça, carne de isopor, maionese agua e pra piorar, um guacamole que mais parecia um caldo verde de tão líquido que era!
Na volta pro hotel, apreciamos a lua cheia que estava nascendo atrás da cordilheira! Mais um espetáculo!
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